Intercambista Clarice Morais relata sua experiência no Chile, pelo "PGM 2019"

Olá, meu nome é Clarice de Morais Viana Sousa, tenho 16 anos e, atualmente vivo no Chile, graças ao meu desempenho no Programa Ganhe o Mundo - PGM.

Eu sou da cidade de Palmeirina, interior do Estado de Pernambuco, e estudo na Escola de Referência em Ensino Médio Regina Pacis.

Meu intercâmbio iniciou-se com aulas de espanhol oferecidas em minha escola, sob orientação dos professores (monitores) José Lucas Vieira e Tássia Nathália Santos, a quem devo todo meu aprendizado. Tive o privilégio de fazer a prova de seleção para o intercâmbio junto com meus colegas e amigos, na qual, para minha surpresa, fui uma das convocadas. A partir desse momento, as reuniões foram se iniciando e me deram a oportunidade de fazer novos amigos, amigos estes que pretendo levar para minha vida. 

Quando finalmente chega o dia da esperada viagem (10/03/2019), a "ficha" começa a ir caindo aos poucos, e o desespero de sair de sua "zona de conforto" vai se misturando com a imensa alegria de ter a oportunidade de realizar um sonho.

Faz quase um mês que estou no Chile, moro em uma cidade conhecida como Pucón, é uma cidade turística, com pouco mais de 20 mil habitantes, localizada na região Araucanía, a oito horas da capital, Santiago, e bem próxima ao vulcão Villarrica, confesso que isso me deixo um pouco preocupada no inicio. É um lugar lindo, calmo, e bastante aconchegante.

Fui recebida por uma família encantadora e muito receptiva, formada por três pessoas: minha mãe, Erna del Carmen Martínez,  meu pai, Francisco Javier Ruiz e minha irmã,  Paulina Ruiz Martínez.

A primeira semana foi um pouco complicada, pois não é fácil conviver com pessoas que você não conhece e, que possuem um idioma e cultura totalmente diferente da sua, não é fácil adaptar-se ao clima frio, quero dizer, CONGELANTE, mas o maior obstáculo que tive que enfrentar foi, e continua sendo, a saudade da minha família, dos meus vizinhos, dos meus amigos, dos meus professores...

E o primeiro dia de aula? O que posso dizer? Você não compreende quase nada,  mas sabe que é apenas o começo, e que vai acabar se adaptando. A melhor parte do novo colégio são as novos amigos que são bastante educados e prestativos, que me ajudam bastante.

Hoje,  posso dizer que estou totalmente adaptada e acolhida. Todo o medo e o desespero do início já passou.

Ser intercambista é deixar o seu coração se dividir em vários pequenos pedaços e espalhá-los em cada canto do mundo,  esperando que um dia eles se encontrem de novo. É você não ter medo de tentar, não ter medo de entregar-se por  inteiro,  de viver novas aventuras, de sair de casa sem rumo e desbravar o desconhecido. Ser intercambista é nunca desistir e querer sempre mais, é olhar o mundo com outros olhos e não desistir na primeira tentativa.

Voltarei para casa dia 16 de julho de 2019, com várias experiências e lembranças  maravilhosas na mala, de uma cultura rica e um povo bastante amável. Sou grata por ter sido acolhida aqui e ainda mais grata pela minha família,  que em nenhum momento deixou de apoiar-me e guiar-me, mesmo estando longe de mim. 

Agradeço também, a todo corpo docente da  EREM Regina Pacis e aos meus colegas e amigos, que desde o início acreditaram e torceram por mim.

"Tenga miedo, pero hagas de cuarquier manera. solamente mire para atras y veas cuanto has crecido".